fotomagia

aqui jaz o momento
por uma moldura estática
se vê a realidade dinâmica
um olho que pisca e perde-se o agora
fotografar é prever
é antecipar o que virá
e capturar o instante que não se vê

explore more

Sim, entrei na onda do explore more em tudo na vida.

Trabalhar com o Explore Niterói tem me despertado um desejo incontrolável de sair explorando tudo o que me passa pela cabeça, buscar sempre novidade, não parar um segundo. Essa curiosidade já faz parte da minha essência, mas de um tempo pra cá despertou em mim um instinto explorador que eu nem sabia que tinha. Fico feliz de ter, aliás.

Tenho explorado a minha cidade e as minhas possibilidades. E ontem não foi diferente. Saímos eu e ele pra explorar Niterói. Já era fim de tarde, tínhamos pouco tempo de sol, ainda, pras fotos (não tenho flash e sou das maiores apaixonadas por luz natural que existe nesse mundo hehehe) e optamos por um lugar que já até conhecíamos acabamos nem tendo muito tempo pra investigar mais (o que significa que voltaremos com mais calma e mais sol).

Escolhemos a Lagoa de Piratininga pra gastar nosso fim de sábado. De um lado, num bar, uma galera ouvindo pagode e tomando cerveja, crianças jogando bola e aquele cheirinho de peixe frito que só regiões pesqueiras tem no ar. Do outro, uma paisagem de derreter qualquer coração, alguns pescadores ainda jogando suas redes e uma criança muito simpática brincando na beira da água.

Tentamos atravessar a pontezinha que liga a margem da Lagoa a um aterro (com campo de futebol e tudo), mas confesso minha fraqueza: travei meia dúzia de passos depois que saí da terra firme e preferi voltar. Mais um motivo pra retornar à Lagoa e vencer esse medo.

Então demos algumas voltinhas no entorno da Lagoa, mesmo, pra fazer uns cliques e pegamos o caminho da roça. Deixo algumas fotos aqui e prometo que terça vai ter mais no blog do Explore Niterói.

[exposição] Bonequinho

E aí que eu sempre acho que esse blog pode ter um pouco mais das coisas que eu vejo além das coisas que eu sinto. Então volta e meia eu tenho vontade de escrever sobre os lugares aonde vou e sobre as conversas que eu tenho. Mas fica sempre uma pulguinha atrás da orelha “será que vai dar certo?” Sei lá. Se der errado, é só parar. Mas pra saber se dá certo eu preciso tentar. Eis que dou como aberta, oficialmente, a pasta das Inspirações – porque tudo o que vemos, dizemos, ouvimos e sentimos aumenta a bagagem cultural que carregamos.

Escolhi começar com uma das minhas empreitadas. Sou (sócia fundadora e) diretora criativa da Agência de Soluções Artísticas e posso garantir que abrir seu próprio negócio tem toda uma magia oculta. É bem aquele papo da “dor e a delícia” de se desejar alguma coisa e correr atrás daquilo. Até agora tem dado certo e eu não tenho – muito – do que reclamar. A parte mais legal de cuidar do lado criativo da Agência é que eu tenho total autonomia pra surtar e inventar os projetos mais mirabolantes do mundo – bem eu.

Daí que o primeiro projeto que é oficial e inteiramente nosso nasceu da minha paixão pelo Instagram somada ao meu desejo de explorar o mundo. Juntando isso a umas referências bem legais, nasceu o Explore Niterói. Um projeto que convida niteroienses e visitantes a olhar a Cidade Sorriso em todos os seus detalhes. Eu to amando produzir conteúdo pra esse projeto e tenho colhido muito bons frutos.

Enfim, tendo contextualizado a situação, digo que essa postagem aqui (e muitas das próximas que virão) deve muito ao Explore Niterói. Graças a esse projeto, retomei o desejo de escrever com mais frequência e sobre assuntos variados por aqui (Morena que me desculpe, mas a ideia inicial era dividir esse blog entre todas as minhas personalidades), tenho fotografado mais, tenho exercitado mais a criatividade e tenho conhecido mais da minha própria cidade.

Então que ontem fui ao Centro Cultural Paschoal Carlos Magno (aqui na Cidade Sorriso) atrás de pauta pro Explore Niterói e procurando uma exposição que eu não vi. Pois é. Esperava ver os “Homenzinhos Azuis” de Felipe Blunt, mas descobri que nem eu mesma conhecia o CCPCM o suficiente pra saber que existem duas galerias. De qualquer maneira, a surpresa foi boa quando cheguei lá e a exposição na galeria principal era um projeto fotográfico.

A exposição Bonequinho está em cartaz até o dia 30/10 (ainda dá tempo de correr lá amanhã na hora do almoço) e mostra o artista (que é Produtor de Arte na Rede Globo, cineasta e fotógrafo) Luiz Sisinno em uma única posição, fotografado em cenários diferentes. Ele conta que tudo começou com uma brincadeira num set de filmagem e acabou viajando o mundo. Em cada lugar aonde Sisinno vai, ele para na mesma posição e pede a alguém pra fazer o clique. Num misto de colaboratividade com um autorretrato programado, as fotos mostram um novo panorama artístico, que nasce da interação entre artista e público, entre realidade e virtualidade, entre os cânones artísticos e as novas maneiras de se vivenciar Arte. Incrível!

O mais legal é que tem uma ala da exposição reservada às fotos da galera que se inspirou na onda do Bonequinho e postou uma foto na mesma posição nas suas redes sociais com a tag #SouBonequinho. Pena que fui sozinha e não tinha viva alma (conhecida, porque também, né, não vamos exagerar) pra me fotografar de Bonequinha, senão eu ia pro hall dos Bonequinhos também ;)

Todas as fotos são minhas. Espero escrever mais coisas assim por aqui :)

la bela Bolivia

Milhas acumuladas. Mais vontade de viajar do que dinheiro pra gastar. Quatro dias disponíveis. Assim começou nossa saga em busca de um lugar pra passar o feriado do primeiro de maio. Ele e eu temos um jeitinho peculiar de viajar e de usar as nossas milhas. Então escolhemos um lugar aonde não se gastasse muito dinheiro mas que também não escolheríamos se fosse pra ir de outro jeito. Das opções que tínhamos, Santa Cruz de la Sierra pareceu a mais interessante. E assim foi.

Compramos as passagens, escolhemos o hotel (nosso primeiro cinco estrelas), fizemos o roteiro no avião e seguimos. Viajar sem roteiro, só com um mapa e algumas ideias é das coisas que mais me atraem nessa vida. E são sempre as melhores viagens.

Chegamos a Santa Cruz de la Sierra já sabendo que não veríamos muitas coisas. Pois vimos todas as que queríamos em 24h. E tínhamos outras 36h pela frente. Procurando o que fazer, compramos passagens locais pra La Paz e fomos passar um dia em altitude, assim só pra passar o tempo. Foi a melhor ideia da viagem.

Gastamos nosso portuñol (o dele mais pra italiano, o meu mais pra francês), nossos bolivianos, nossas solas de sapato e nosso oxigênio num país cheio de cores, sorrisos e uma natureza exuberante. Valeu cada segundo.

La Paz, Bolivia

La Paz, Bolivia

Fizemos fotos coloridíssimas e cheias de vontade de ficar mais. Quer ver? Clica aqui.